Entenda o que é Manutenção Detectiva e qual sua importância

Você já ouviu falar ou sabe o que é manutenção detectiva? Pois se o conceito não está claro no seu plano de gestão, sua empresa pode estar tendo grandes prejuízos que poderiam ser evitados!

Isso porque, o principal papel desse processo é detectar falhas ocultas em equipamentos por meio de testes e análises realizadas a partir de dados coletados em levantamentos periódicos.

Quer saber mais sobre a manutenção detectiva e como ela pode te ajudar a reduzir o número de paradas que afetam a produção e, consequentemente, os resultados do seu negócio?

Então confira o post na íntegra!

O que é Manutenção Detectiva?

Por definição, manutenção detectiva é a técnica investigativa utilizada para encontrar alguma falha em máquinas e equipamentos, bem como a manutenção preventiva, a manutenção preditiva e a manutenção corretiva, por exemplo.

Entretanto, com este tipo de manutenção é possível identificar problemas mais profundos, os quais costumam ser imperceptíveis durante a realização de manutenções diárias.

Isso acontece porque tal metodologia se baseia no uso de ferramentas tecnológicas capazes de diagnosticar falhas ocultas, traçar planos de ação e monitorar o desempenho dos reparos que são feitos na fábrica.

Para obter resultados, adota-se o chamado de TDF (Teste para Detecção de Falhas), um conjunto de métodos que é comumente aplicado na manutenção industrial e em empresas com maquinários de grande porte e alto valor agregado.

Como funciona a Manutenção Detectiva?

Agora que você já sabe o que é manutenção detectiva, é necessário entender como o processo funciona. Bem como foi dito anteriormente, ele se utiliza da tecnologia para identificar diferentes tipos de falhas em várias categorias de máquinas.

Logo, o investimento nessas ferramentas inovadoras é primordial, uma vez que quanto mais modernos forem tais instrumentos de análise, mais profundos e completos podem ser os testes e as inspeções.

Além disso, é fundamental que haja planejamento e estratégia para realizar os diagnósticos, bem como preparo e conhecimento técnico da equipe responsável para interpretar resultados e corrigir os problemas detectados.

5 Tipos de falhas diagnosticadas pela Manutenção Detectiva

De maneira geral, os testes realizados durante a manutenção detectiva apontam desgastes internos, possíveis trocas de peças ou sistemas e falhas que podem comprometer o funcionamento de ativos.

Tais problemas causam a diminuição total ou parcial do rendimento da máquina, impactando, obviamente, em toda sequência do processo produtivo.

Veja, a seguir, quais costumam ser os problemas mais encontrados nas manutenções detectivas dentro de uma empresa:

1. Falha Paramétrica

Para exemplificar, podemos citar a análise de fadiga, que é essencial à determinação da vida útil de um ativo. Assim, quando é identificado um desvio de parâmetro, com valores fora do normal, temos uma falha paramétrica.

2. Falha simples

A falha simples é aquela que afeta apenas um componente, como por exemplo, um único circuito eletrônico.

3. Falhas dependentes

Quando são identificadas falhas múltiplas (contrário das simples), pode haver alguma relação de causa e efeito entre elas. Nesses casos, temos as chamadas falhas dependentes.

4. Falhas independentes

Diferentemente da situação acima, no caso das falhas independentes, elas apresentam causas e efeitos que não têm relação entre si, sendo originadas por motivos distintos.

5. Falhas indetectáveis

Uma das mais complexas, as falhas indetectáveis não podem ser diagnosticadas ou percebidas, estando sempre associadas às manutenções corretivas de emergência quando não há a efetiva gestão da manutenção detectiva.

Qual a importância da Manutenção Detectiva? 

Se você chegou até aqui, já deve estar entendendo a importância de adotar a manutenção detectiva na sua empresa. 

Porém, para tornar isso ainda mais claro, listamos algumas das principais vantagens da estratégia, as quais contribuem para torná-la tão relevante no setor industrial:

  • Previsão de custos: evita gastos desnecessários com imprevistos e emergências; 
  • Melhor gestão financeira: devido ao tópico anterior, o gestor tem maior domínio sobre o planejamento, acompanhando com mais facilidade a destinação dos recursos;
  • Paradas bem programadas: com isso, as inspeções nos equipamentos não impactam na produtividade, já que menos falhas emergenciais ocorrem; 
  • Mão de obra qualificada: a manutenção detectiva exige maior capacitação dos técnicos e gestores, os quais devem estar estudando constantemente, o que alavanca os resultados do negócio. 

Por que fazer a Gestão da Manutenção Detectiva?

Saber o que é manutenção detectiva e qual a sua importância não basta para ter investigações realmente efetivas. Isso porque, também é preciso ter um planejamento feito com o devido cuidado e atenção!

Dessa maneira, é papel do gestor desenvolver o chamado PCM, ou Planejamento e Controle de Manutenção, um documento que norteia a execução das manutenções em todas as suas etapas.

Em adição, o profissional deve estabelecer quais serão os ativos monitorados, priorizando adequadamente aqueles que forem tidos como mais importantes ou urgentes.

Outro ponto elementar dessa gestão é a criação de um cronograma de inspeções de rotina, a fim de garantir a aplicação dos testes previstos e as tecnologias que serão utilizadas neles.

Alguns desses testes podem ser, por exemplo, de dispositivos de segurança, detectores de gás e de pressão dos compressores.

Conclusão

Para finalizar, vale ressaltar que falhas ocultas podem ficar cada vez mais intensas, provocando danos maiores às máquinas e, é claro, gastos muito mais elevados. Isso sem citar o tempo perdido com paradas mais longas e reparos complicados.

Assim sendo, quando não ocorre o devido acompanhamento dos equipamentos de forma frequente, através de ferramentas tecnológicas e seguindo à risca um plano de ação, os defeitos são descobertos tardiamente.

Como consequência, os prejuízos são muito maiores!

Por isso, é imprescindível que intervenções detectivas sejam bem executadas, informações relevantes registradas, relatórios gerados, tabelas e gráficos desenvolvidos, tudo para facilitar a interpretação e as tomadas de decisões.

No entanto, não pense que as medidas preventivas param por aí, porque além de tudo isso, ainda é de suma importância voltar um pouco nessa cadeia produtiva e olhar com atenção para os equipamentos adquiridos.

Isto é, se sua linha de produção conta com maquinário antigo, desatualizado, pouco ou quase nada digitalizado… a tendência é que os prejuízos não parem de surgir, mesmo com uma boa gestão de manutenções.

Portanto, não comprometa todo seu processo de fabricação e nem dê margem para que paradas de emergência aconteçam mais do que deveriam acontecer. 

Invista em equipamentos modernos e capazes de poupar seu dinheiro, aumentar a produtividade e, consequentemente, seus lucros!

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